quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Realidade

Hoje me perguntaram por diversas vezes o motivo de todas as minhas histórias de amor serem trágicas. Só quero saber da onde vocês tiraram isso. Pra mim elas tiveram um final feliz. Depende só do ponto de vista. O problema é que estamos acostumados a sempre olhar pelo mesmo ângulo.

Em algum momento, lá atrás, alguém disse que finais felizes eram os finais em que a mocinha casava com o mocinho e eles viviam felizes para sempre. Não sei se vocês já perceberam, mas isso não existe. Essa conversinha de finalzinho felizinho do casalzinho apaixonadinho é historinha da Carochinha. A realidade é muito diferente.

Quantos casos você já viu na tv falando sobre pessoas que mataram em nome do amor? Agora me diz quantos vocês já viu de pessoas que só tiveram um único amor, se casaram e vivem felizes até hoje? Esse amor dos romances, esse amor das novelas, dos filmes e das nossas idealizações, é um amor que eu não quero. Nem para mim, nem para as minhas crônicas. Quero o amor da vida, que sobe montanhas, desce rios, bate, sofre, enfrenta os problemas e sobrevivi.

Na primeira crônica da série "Apenas Mais Uma de Amor", o final foi feliz sim senhores. A história de um amor cheio dos seus altos e baixos, mas que nunca teve fim, pelo menos não pela parte do cara. Por sinal, ele morreu feliz por estar perto dela uma última vez. Pra mim, isso foi bem romântico.

Na segunda crônica da série, "Apenas Mais Uma de Amor (2)", o cara também acabou feliz, tinha se livrado de uma esposa infiel. Não posso falar nada sobre o destino dele porque desconheço tanto quanto vocês, mas ele me pareceu bastante satisfeito. Acredito que felicidade é um estado de espírito que você alcança quando tem a certeza de que fez a coisa certa. Com certeza ele foi alcançado.

Não estou dizendo para vocês perderem a esperança de achar alguém que vocês amem de verdade, mas verdade mesmo. Só estou querendo mostrar que o amor não é nada mais do que isso: um sentimento louco e sem explicação. A morte não significa apenas a morte, ela representa o fim de alguma coisa. Aprendam que todo fim indica um recomeço. É assim que a vida é. Ah, acredito sim no amor, viu?

Embriaguez Verbal adverte: em caso de desentendimento com o seu companheiro amoroso, não o mate.

Um comentário:

Anônimo disse...

Compreendi o seu modo de pensar e agora concordo que eles morreram felizes. Mas ainda continuo achando que matar a outra pessoa não é a melhor solução.

Quanto ao amor verdadeiro, acredito muito nele. Ele pode não ser igualzinho ao que passa na tv ou nas telas de cinema, mas fornece sensações, desejos e experiências que só adquirimos quando estamos nesse nível elevado de sentimento.