terça-feira, 22 de junho de 2010

Propagandas que gostaríamos de ver no dia dos namorados (2)

A mulher entra em uma loja de roupas e começa a olhar várias camisas. Procura, procura, procura, até que acha uma que a agrada. Ela compra e o vendedor embrulha para presente. Corta e aparece o casal trocando presentes.

Ela ganha um colar e diz que vai usá-lo na mesma noite. Ele ganha a camisa e diz que vai usá-la quando forem sair pra jantar. Corta e aparece o casal jantando e depois voltando para casa.

Aparecem roupas voando da cama balançando. Corta e aparece a mulher vestida apenas com a camisa que havia dado de presente para o namorado.

Ele aparece, sem camisa, a abraça por trás e diz que ela fica muito melhor nela do que nele. Aí a imagem fica embaçada com o casal se beijando na cozinha e aparece a seguinte frase:

Nesse dia dos namorados, escolha o que você vai vestir no dia seguinte.

Minha fama

Domingo minha mãe resolveu, finalmente, que iria dar uma lida no meu blog. Ela leu alguns posts e me disse duas coisas:
  1. "Não criei filho nenhum pra ser machista."
  2. "Você escreve muito bem, mas por que você só fala de sexo?"

Bom, pra começo de conversa, não sou machista e já deixei bem claro isso. Machismo é pra quem gosta de macho e ponto final. Depois, não falo só de sexo, mas ele está presente nas minhas histórias, qual o problema? Vocês se interessam mais pela história do casal escovando os dentes ou do casal transando? Se você escolheu a primeira história, é você, meu caro leitor, que tem um problema.

Relaxem, não vim aqui reclamar por vocês me acharem um machista pervertido. Vim reclamar por vocês acharem que todos os textos machistas e/ou pervertidos são meus. O post do dia dos namorados, não é meu. É fruto de outra mente estuprada: Duca. Ele foi super comentado, mas os créditos vieram para mim. Não custa nada olhar quem escreveu.

Voltamos com a nossa programação normal.

domingo, 20 de junho de 2010

Quando uma piriguete encontrou o amor

Antes de começar a ler, imagine que essa história tem um fundo musical: Piriguete – Mc Pelé

*

Lorena não se prendia a ninguém. Orgulhava de ser solteira e de poder fazer o que queria, quando queria. Ia a festas, shows, conhecia vários garotos, beijava alguns. Lorena nunca se preocupou se o cara ia ligar ou não no dia seguinte, porque ela raramente dava seu número certo. Até o nome era fake.
Para as amigas, dizia não confiar em homens e que jamais namoraria. Pra ela, tudo isso era papo de gente fraca. 

As coisas começaram a mudar numa viagem ao Acre, quando conheceu Pedro, por quem supostamente se apaixonou. Porém, a distância geográfica impediu que os dois pudessem ter uma história de amor. Lorena voltou, então, à sua vida de piriguete. 

Mas o destino quis mais uma vez testar nossa protagonista e colocou Celso em seu caminho. Ele era apenas um cara que ajudou Lorena e suas amigas num trabalho; Era! Porque graças à tecnologia e uma tradicional festa que acontece na cidade em que moram, Celso e Lorena passaram a ficar.
Dessa vez parecia ser sério, mas nem tanto. A vida continuava a mesma: festas, shows, pessoas; Celso era apenas um detalhe. Um detalhe que foi apagado tão de repente quanto começou. Agora, Lorena dizia ter mais uma prova de que amor não existe e homem não presta. Outra vez, tudo volta ao normal.

Alguns meses se passaram e Lorena conheceu novos amigos, dentre eles, Leo, um garoto magricela e sem muitos atrativos físicos. A amizade não foi instantânea, mas as implicâncias tornaram-se um afrodisíaco, então ficaram. Uma vez, duas vezes...várias vezes. O que ela considerava impossível voltou a acontecer, estava se apaixonando. Viam-se cada vez com mais freqüência. Quando não estavam juntos, falavam ao telefone ou pela internet. Os amigos já previam o que estava por acontecer, ainda assim, Lorena insistia em negar e dizia que não ia namorar, que não deixaria sua vida livre de solteira.

*
E aqui a trilha de nossa história muda para “É o amor – Zezé e Luciano”
*

Mas os amigos estavam certos, não demorou muito e ela apareceu com a cara lavada dizendo que estava namorando e de cara, assumiu também estar apaixonada. Daí então não se desgrudaram mais. Difícil encontrar casal mais meloso.

E o que aconteceu depois? Impossível dizer...a história de Lorena ainda está sendo escrita.

Conclusão? Nós te avisamos, querida Lorena. Danou-se...vai passar o são João na coleira! =P

terça-feira, 15 de junho de 2010

George Carlin

São poucos os humoristas que eu admiro de verdade. Entendam, admirar é diferente de achar engraçado. Tem muitas coisas que me fazem rir, sou meio lerdo pra essas coisas. Basta a piada do pintinho que não tinha cu que foi peidar e explodiu preu rir. Porém, isso não quer dizer que eu considere isso humor. Não, é apenas uma besteira engraçada. São apenas dois os tipos de humor que realmente considero engraçados e que admiro: o inteligente e o sarcástico.

O sarcástico é realista e tira proveito das coisas óbvias do nosso cotidiano e que não enxergamos porque não queremos. Já o inteligente, abusa faz piadas com coisas que pouca gente enxerga e que poucos entendem, ele não é muito visto na televisão pelo simples fato de que, pasmem, as pessoas que assistem esses programas não são lá muito inteligentes. Através da união desses dois, açúcar, tempero e tudo o que há de bom, nasceu o stand up comedy.

As pessoas que acham o Zorra Total engraçado, merecem assistir um show de stand up pra depois se arrependerem e cometerem suicídio. O problema é que a sociedade não está preparada para eles. Se o cara fala sobre negros ele é racista, se fala sobre Deus é ateu, se fala sobre gordo é preconceituoso, se fala sobre mulher é machista e se fala sobre sexo é tarado. Por isso acho o stand up a melhor maneira de ser sarcástico e inteligente ao mesmo tempo. A prova disso aqui é George Carlin.


Ele é simplesmente foda. Faz as pessoas rirem delas mesmas por pensarem ou fazerem algo que ele critica. E critica muito bem por sinal. Durante a carreira dele, falou sobre os mais variados temas, dos mais banais aos mais complexos. O jeito que ele fala sobre religião é direto e lógico. O cara consegue levar racionalidade para todos os temas. Ele não mudou o jeito de fazer piada nem quando trabalhou na tv.

Lembrem dele da próxima vez que forem assistir televisão e vocês perceberam que é como ter descoberto o sexo e depois voltar para a masturbação.

sábado, 12 de junho de 2010

Feliz(?) Dia dos namorados!

Já era a terceira vez que ligava aquela noite. Em nenhuma das tentativas fora atendida. Milhares de idéias passavam por sua cabeça enquanto o telefone caía outra vez na caixa postal. Onde ele andaria, o que estaria fazendo?
Mais cedo naquele dia tinham tido uma briga, talvez a mais grave de todas; ainda assim, era o dia dos namorados. Então por que ele estava fazendo isso?
Chegou a pensar que pudesse ter sofrido algum acidente, ou que estivesse em casa, sofrendo pela briga.
Uma amiga ligou quando se preparava pra fazer a sétima ligação sem sucesso. Ele havia sido visto entrando num motel, acompanhado de uma garota.

Ela se arrumou em menos de dez minutos, e levou menos de dois para arranjar uma companhia que a levasse ao mesmo lugar onde seu namorado parecia estar se divertindo, usar a internet para destruir a reputação dele e fazê-lo perder o emprego. A vingança, pensou ela, seria perfeita.

Chegaram ao motel pouco tempo depois. Desceu do carro e logo procurou o dele, parando apenas para beijar seu amante, que despreocupado, ria da situação.
Encontraram o carro. No banco de trás, um buquê de flores. “Canalha”, pensou ela, ficando com mais raiva. E sem pensar duas vezes, foi em direção á porta do quarto. Mas ninguém estava lá; tudo aconteceu muito rápido: uns gritos, um carro arrancando, e a voz do seu namorado foi ouvida, chegando próximo a eles.

Quando se virou para olhar, preparada para o flagra, viu que seu namorado trazia a relutante irmã, que insistia em se livrar do irmão para ir atrás do carro que partia.

- O que está fazendo aqui? – Perguntou ele quando a viu.

- Eu sou quem pergunta! O que diabos...? – ela começou, mas a expressão raivosa de sua cunhada a fez parar. O amante, por sua vez, resmungou, cruzou os braços e foi se encostar mais longe.

- Minha irmã me pediu que a trouxesse aqui...e pegamos o safado com outra!! Foi só isso!! E você? Com esse aí...

- Eu...eu...eu pensei que...ele...ele não é... – as palavras não saíam; estava errada e ia pagar caro por isso.

- Então é isso? Brigou comigo hoje para poder me trair? Nunca pensei isso de você!

- E esse buquê no carro? Não vá me dizer que é da sua irmã?!?!? Aposto que se olhar o cartão, verei o nome de uma qualquer que você deve estar enganando, assim como me enganou! – mudando de assunto, ela procurava algum erro na história dele. A esta altura, o amante já tinha ido embora, achando tudo aquilo uma perda de tempo.

- O buquê era pra você! Eu estava indo para sua casa, para conversarmos, quando minha irmã ligou pedindo ajuda. Aparece aqui com o tal sujeito e ainda desconfia de mim. Faça-me o favor!

Ela se viu sem saída. Estava errada. Corria o risco de perder seu amor por uma desconfiança boba. Tudo isso sem contar a desgraça que havia feito com a vida dele. Arruinara tudo.

- Eu...me perdoe...eu não sei...

- Não peça perdão. Vá para casa. Vou levar minha irmã e conversamos amanhã. Já não sei se consigo confiar em você, mas conversamos amanhã. – ele parecia magoado e decidido, não havia nada a fazer.

Concordou. Disse que sentia muito e foi embora, chorando. Precisava, nesse tempo, desfazer o que fizera na internet.

“Ufaa!”, pensou ele enquanto levava sua irmã para casa. Se ela tivesse pegado o cartão no buquê, veria que era para Beatriz, e o nome dela, na verdade, é Diana.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Propagandas de Dia dos Namorados que gostaríamos de ver

Do mesmo jeito que 1º de Abril é desculpa para você mentir, 12 de Junho é desculpa para você despertar o seu lado abestalhado. Quanto mais próximo chegamos do Dia dos Namorados, maior o número de pessoas que assinam os seus atestados de retardados. Não que isso seja ruim, pelo contrário, amar é algo muito bom e é justamente nesse dia que você mostra pro mundo inteiro que você tem alguém e o resto não. A única coisa que me irrita são as propagandas que temos que aguentar na primeira quinzena de junho.

Por que todas as propagandas são melosas e repetitivas? Todas falam sobre você dar a calça da marca tal porque o seu namorado vai ficar legal ou o perfume da loja tal porque a sua namorada vai ficar mais cheirosa. Sejamos sinceros, você realmente acha que o seu namorado quer um ursinho de pelúcia? Ele quer é te levar pra jantar, te dar flores e ganhar uma perfeita noite de sexo. Não vemos propagandas picantes porque o Dia dos Namorados é um dia feito para as mulheres. Se fosse feito para os homens, as propagandas e os presentes seriam bem diferentes. Ao invés dos restaurantes chiques, seriam os bares e as churrascarias que ficariam lotados de casais. Seria muito mais divertido.

Já que não posso mudar isso, pelo menos gostaria de poder mudar os comerciais que sou obrigado a assistir. Com isso em mente, bolei alguns que poderiam ser utilizados para deixar a data mais "comemorativa":

- Aparece um casal comprando dois pares de Nike. Eles já saem da loja correndo. À medida em que eles correm para casa, as roupas saem voando por causa da velocidade. Quando eles chegam no quarto, estão os dois nus. Um olha pro outro e começam a se pegar na cama. Aí aparece o símbolo da Nike e a frase: just do it.

- Tá lá o casal deitado, tomando um vinho e escutando uma musiquinha romântica. Um olha pro outro e o clima começa a esquentar. Assim que as roupas começam a ser arremessadas de qualquer jeito, a câmera muda de posição e passa a mostrar o carro pelo lado de fora. Vidros embaçados, carro balançando e a frase: Cross Fox, pequeno para quem vê. De repente, uma mão bate no vidro e começa a escorregar. O carro para de balançar e a frase é completada: Gigante pra quem anda.

- (Essa daqui seria para um outdoor ou para um anúncio em uma revista) Dê para o seu namorado aquilo que ele mais deseja: dê. (Tudo isso escrito dentro da imagem de um anel de camisinha)

Viu que elas seriam melhores? Pelo menos mais engraçadas elas seriam. Tinha mais algumas pra colocar aqui, mas acabei esquecendo. Relaxem, assim que lembrar eu coloco aqui. Nos vemos ainda essa semana? Podem apostar que sim.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Lições para a vida

Quando nós amadurecemos, percebemos que todas aqueles conselhos que nossos pais nos deram, a sabedoria daquela professora encalhada e os ditos populares que as pessoas teimam em repetir, são tão utéis na sua vida quanto as frases idiotas que os seus amigos postam no twitter. Por mais que a vida de uma pessoa, em algum momento da vida, se assemelhe com o de uma outra pessoa, conselhos e lições não nos servem de nada. Já perceberam que só lembramos dessas coisas depois que a merda já está feita? Não precisamos dessas coisas porque a vida se encarrega de nos ensinar tudo isso mais na frente.

Embora elas não sirvam para muita coisa, todos nós damos conselhos e tentamos mostrar uma lição de vida para outra pessoa. Não sei vocês, mas eu gosto de compartilhar as coisas que a vida já me ensinou. Não porque elas vão servir de lição para alguém, mas sim porque elas mostram que sempre pode ter alguém pior do que você, no caso, eu.

Não pretendia escrever tanto hoje e nem divulgar essa besteira agora, mas é que enquanto eu assistia um vídeo no youtube, tive uma ideia que pode se tornar brilhante. O vídeo em questão foi esse aqui:

Não, não pretendo fazer papel de idiota em vídeos para vocês. É pior. Pretendo fazer papel de idiota em vídeos contando os papéis de idiota que já fiz. Talvez vocês possam ver que existem pessoas com dias piores que os seus, mas o que realmento espero é que vocês comentem sobre ciladas ainda piores do que as minhas. Afinal, também sou filho de Deus e iria amar saber que ele sacaneia vocês tanto quanto eu.

Por hoje é só, pessoal. Ou não.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Apenas mais uma de amor (4)

Eu estava sentado na minha mesa, olhando para a janela e vendo o tempo passar. Tinha acabado de voltar do almoço, mas já estava louco para ir embora. Tinha coisas mais importantes pra fazer. Passei o dia a olhar para a janela, sem fazer nada, não pude evitar, o céu estava incrivelmente azul, do jeitinho que eu gosto. Até que tudo mudou. Eram duas horas da tarde quando, inexplicavelmente, o azul deu lugar ao amarelo que, por sua vez, deu lugar ao laranja. Mesmo distante, pude sentir o tremor aumentando e escutar os vidros estourando. Depois disso, o ceú fez-se preto. Assim me disseram, já estava desacordado na hora. Nesse dia, confirmei duas das poucas certezas que tive na vida. A primeira delas foi a de que não devia ter saído de casa.

Meu filho acordou doente, a secretária resolveu faltar e a minha esposa estava estressada com todos os pequenos problemas. O mundo estava me mandando sinais para que não saísse de casa. Não queria ir pro trabalho, mas nada me impediria. Olhei para a janela e vi um lindo céu azul. Pensei em qual mal poderia acontecer em um dia como esse. Saí de casa pensando em comprar flores para a minha esposa, além do remédio para o meu filho, quando voltasse do trabalho. É o meu jeito, queria, ao mesmo tempo, fazer uma surpresa e ajudar. Bom, foi mais ou menos aí que o meu curto flash back acabou.

Quando abri os olhos, o preto já havia dado lugar ao azul acinzentado. Pude ver bombeiros correndo de um lado para o outro, pessoas chorando e escutar gritos desesperadores. Ninguém parecia me notar, já tinha até desistido de chamar a atenção. Não conseguia me mover e nem falar. Meus esforços não valiam de nada. Senti o preço das minhas vãs tentativas escorrerem pela minha testa. Quando elas encontraram os meus olhos, o céu ficou manchado com gotas de vermelho. Foi aí que me dei conta da profundidade do corte na minha cabeça. Foi nessa hora, também, que eu encontrei com a Indesejável.

Ela era mais bonita e mais misteriosa do que eu imaginava. Estava lá por mim. Ainda não estava morto, apenas inconsciente. Minha alma relutava em deixar o corpo. Ela olhou fundo nos meus olhos, mas não falou nada. Olhos que não demonstraram pena e nem gosto por mim. Olhos que me perguntaram se eu iria, naquele exato momento, ir com ela por bem ou por mal. O sono eterno era tentador, já tinha até me levantado pra caminhar na direção dela. Parei no meio do caminho. Pedi desculpas e dei meia volta. Recobrei a consciência e me levantei. Os bombeiros vieram na minha direção oferecendo ajuda. Rechacei todos eles, estava bem. Ruim estava a minha mulher. Ainda bem que lembrei das flores e do remédio a tempo, vai que ela se irritava mais.

Foi na hora em que cheguei em casa que eu confirmei a minha segunda certeza. Se eu demorasse um pouco mais com o remédio e com as flores, faltariam desculpas para explicar a demora.