Lar, Doce Lar

Uma das coisas que mais gosto de fazer na vida, se é que vocês ainda não perceberam, é viajar. Não há nada melhor do que pegar suas coisas e ganhar o mundo. Sozinho ou acompanhado, com dinheiro ou zerado, sem rumo ou planjeado, avião ou ônibus lotado, viajar é sempre bom. Você se diverte, conhece novas pessoas, esquece pessoas antigas, acha respostas pra suas perguntas e perguntas pras suas respostas. Já viajei de todos os jeitos possíveis e pelos mais diversos motivos. Pretendo continuar viajando porque ainda existe todo um planeta preu conhecer.

Tão bom sair da rotina e conhecer coisas novas, aprender que a vida não é só aquilo que você está acostumado e que você pode ser feliz em outros lugares. Viajar sozinho é quebrar regras que você impôs à você mesmo, é aprender a se virar em ambientes desconhecidos, é ser apresentado a culturas novas e dividir a sua, é não ficar envergonhado por ser você, afinal, ninguém mais irá lembrar de você amanhã.

A gente aprende tanta coisa quando se afasta dos problemas, conseguimos entender nós mesmos e o mundo de uma maneira muito melhor. Nós evoluímos mentalmente quando temos que lidar com todos os prós e os contras de se viajar. Nos tornamos pessoas melhores e mais de bem com a vida. Tentamos deixar todas as coisas ruins de lado para crescer na vida. Entretanto, por mais que todas as minhas viagens tenham me mostrado outros lado da vida que eu não conhecia, elas não seriam nada se eu não tivesse para onde voltar. A saudade é um sentimento fraco e frágil que nós sentimos quando achamos que estamos sozinhos e precisamos de alguém, mas só os mais fortes conseguem carregar o peso da saudade nas costas.

Pretendo viajar e muito ainda. É um defeito meu não conseguir voar no mesmo céu durante muito tempo. Pior é que, a cada viagem que passa, a saudade aumenta e deixa a minha mala mais pesada. Mesmo assim, já compreendi o que a vida quis me mostrar nas últimas duas viagens. Viajar é bom, mas voltar pra casa é melhor ainda.