segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Amor?

Perguntaram-na uma vez o que é o amor. Ela não soube responder. Em sua vida já tinha vivido emoções que julgava ser amor, mas foram todas passageiras, inexplicavelmente esquecidas. Não exatamente esquecidas, mas mudaram de alguma forma.

10 anos. Caio. Ele mal sabia de sua existência, mas para ela era como se seu príncipe encantado chegasse todos os dias na escola. Olhava-o de longe, admirava-o. Quase uma paixão platônica. Beijou-o. E o que parecia ser amor, acabou. Foi embora e o esqueceu.

13 anos. Artur. Um garoto bonito, gentil e que a tratava como uma princesa. Namoraram por alguns meses...se apaixonaram. Por conta da idade, o namoro não pode continuar. O sofrimento parecia sem fim, era como se uma parte importante dela tivesse sido arrancada. O amor ia embora. A amizade continuou.

14 anos. Artur começa a namorar outra. Ela não sente nada, raiva, rancor ou tristeza. Já o havia esquecido. E o amor?

16 anos. Daniel. Depois de alguns anos e garotos sem maior importância, ele aparece para conquistar seu coração. Chega devagar e vai cobrindo todas as lacunas, parece perfeito. Namoram, se apaixonam. Ele diz que a ama, ela tem certeza de que a recíproca é verdadeira.
Brigas. Términos. Reconciliações. Quatro anos se passam. A relação fica indefinida. Ela não o quer mais, mas não consegue esquecê-lo. Tem medo de estar fazendo escolhas erradas. E se...ah...o amor...

20 anos. Artur. Aquele que havia marcado tanto, volta. Pede para que voltem a ficar, quer tentar de novo agora que a idade não os impede. Ela diz que não...já não sente nada por ele. Mas não era amor?

20 anos. Daniel. Brigas. Encontros. Desencontros. Eu te amo. Eu te odeio. Ela começa a pensar: “O que é o amor? Algo intenso e passageiro? Ou eterno?”

Quando descobriremos o amor? E mais importante...quando descobriremos que é, verdadeiramente, amor?

6 comentários:

Diego Felizola disse...

Depois de tanto tempo sem postar por aqui, você me vem com uma dessas, muito bom mesmo.

Talvez nunca saberemos o que é o amor se ficarmos procurando, é quando estamos despreparados, olhando para o lado oposto que ele surge de lugares que nunca imaginaríamos.

Não tem como prever e não tem como saber da onde e como surgirá, mas a gente simplesmente sente quando é o certo. Não que nunca tenha existido amor antes, mas não é igual e nem nunca será. São nessas falhas amorosas que conseguimos amadurecer o sentimento e a ideia de amor. Só vivendo para que possamos descobrir o seu verdadeiro significado.

É errar, machucar e se machucar para, um dia, só Deus sabe quando, poder reconhecer um amor verdadeiro quando ele bater na sua porta.

Celeste disse...

Pra quê a pressa de saber o que é o amor...uma coisa é certa: quando ele chegar você o saberá.
Beijos

Dilma Tavares disse...

Nossa missão: Compreender o universo de cada ser humano, respeitar as diferenças, brindar as descobertas, buscar a evolução.

(Luis Fernando Veríssimo)

Bruna Tavares disse...

O amor não tem explicação lógica. Ele surge na vida de cada um de formas diferentes. A única verdade absoluta sobre o amor é que a gente sente quando o mesmo é verdadeiro! (:

Augusto Felizola Garcez disse...

acredito que nunca existirá amor enquanto houver sensualidade envolvida... enquanto buscardes amor em corpos, não será amor, mas a paixão. o amor não é do corpo, ele vai além. mas a paixão sim... essa vem do corpo para o corpo e tal qual o corpo a paixão é passageira.
quem sabe em outra vida eu encontre o amor eterno

Luiza disse...

Nossa! Me encaixei tão bem nesse texto! :O

Muitas vezes as pessoas falam que é amor sem ser. Eu mesma já fiz isso várias vezes!!

Mas eu acho que um dia descobriremos nosso verdadeiro amor! :)