sexta-feira, 14 de maio de 2010

What’s happening now?

Eu nunca entendi as pessoas. E na verdade acho que nunca tive muita paciência pra tentar entender. Um dia pensei em fazer psicologia, com a ideia de que isso ia me ajudar a melhorar meu jeito de ver o mundo em volta. Mas daí eu vi que não teria a menor vocação pra psicóloga, porque não daria mais de vinte minutos pra um desconhecido me falar seus problemas e eu ainda ter que ajudar a resolver. 

Alguns amigos dizem que sou fria e insensível, eu discordo. Só não sou a melhor pessoa pra ouvir. Não que seja porque eu não quero ouvir, ou por não me importar – isso só é verdade às vezes e com algumas pessoas -, é que na maioria das vezes eu não sei o que dizer. Então me vem a pessoa com aquela história incrível, deprimente, feliz, surpreendedora, chocante, triste e eu fico...Ahnn...é...parada.

E o pior é que essas coisas têm acontecido mais e mais, e vão piorar, porque ninguém mais tem tempo pra conversar. O mundo é rápido, as pessoas precisam ser ágeis, tem muita coisa pra se fazer, muito pra conhecer, então o tempo com os amigos, falando da vida, ou fica no MSN, ou acontece num bar e se resume a conversas alheias sobre a vida mundana.

Daí, pra disfarçar esse problema, a tecnologia(que é a maior causadora dele) traz algumas pseudo-soluções, como o próprio MSN, Orkut, e a mais nova invenção: o twitter(falarei do formspring depois). Se você colocar twitter no Google vai ver que no primeiro link diz que essa ferramenta é, sem dúvida, a melhor forma de partilhar e descobrir o que está acontecendo agora. Ou seja, um micro-blog onde você escreve, em poucas palavras, o que está fazendo, sentindo, comendo, vestindo, etc, etc etc. As pessoas seguem você para descobrir isso, e as conversas pessoais diminuem.

Mas até que ponto isso é saudável, necessário? Até que ponto interessa saber exatamente TUDO o que a pessoa do outro lado da telinha está fazendo? Até que ponto é saudável a pessoa que está escrevendo no twitter falar de TUDO que acontece com ela. Então, o particular vira público. E não me interessa se você quebrou a sua unha ou se você vai assistir Alice no país das maravilhas no dia da estréia. Se quebrou sua unha, sinto muito, mas não vou poder consertar. E vai pro cinema? Parabéns!

Então, eu não acho errada a existência do twitter, principalmente pra pessoas públicas que divulgam seu trabalho através dele, e empresas, que divulgam seu produto. É uma maneira rápida e inteligente de se comunicar. Mas não interessa a ninguém, se Maria José Rozendo comprou um bermudão novo. 

E aí vem agora o Formspring, um site de perguntas anônimas ou não, onde as pessoas se aproveitam, na verdade, pra fazer questionamentos indecentes sem se identificar. A amizade, o individual, particular, segredo, é cada vez mais inexistente.

Como disse no início do post, não consigo entender as pessoas, mas elas muito me intrigam.
Agora dá licença que eu vou ali no twitter falar que postei no blog! =P (brimks\)

3 comentários:

Diego Felizola disse...

Pense que eu já odeio o orkut,quanto mais o resto dessas porcarias todas,mas é necessário. Como você mesma disse,o twitter é bom pra você divulgar as coisas. Por falar nisso,vou ali criar o meu.

Anônimo disse...

é a nossa sociedade do espetáculo !
é a sociedade big brother... todo mundo dentro de uma casa(mundo) querendo o seu milhão de reais $$

fazer o que ? deixo essa pergunta pra nossa geraçao e pra posterior.

vamos deixar que o mundo congele ? tao frio e insensivel que se tornou a relaçao entre homens...

Kinha disse...

Ambos os sites existem para os curiosos da vida alheia.
E para os que também não tem o que fazer u.u'
=o****