segunda-feira, 5 de maio de 2014

História de Ninguém

Quem sou eu já não importa, nem o quando e nem o onde. O que importa é que não tenho mais identidade. Mera mazela social a ser julgada. Um mito criado ao meu redor. Fui julgado um qualquer, um desajustado, apenas mais um rebelde sem causa.

Sou um número. Apenas uma sequência pela qual todos me reconhecem, exceto eu. Como se não bastasse a minha identidade, tiraram também o meu direito de lutar. Não há direito de resistência. Não posso aceitar. Não, não. Exército parapopular que espera pra ser réu, julgado, culpado. Não, não. Munidos do verbo, apenas. Frágeis problemas.

Filho da Sociedade
(Na verdade criado por Ninguém. Porcos capitalistas.)
E retorna o filho pródigo, mas sua Mãe não o aceita de volta,
(Discórdia)
acha que sou apenas um “Meu Guri” à espera do destino. Um destino comum a todos,
(Mentira.)
a todos os filhos pródigos,
(Desgraçada, pede que volte, mas não aceita.)
(Tolo.)
Destino o qual ela mesma me preparou. Sem direito a mudanças ou escolhas. Apenas esperando meu fim, triste fim.
(Carrasca, amaldiçoo a ti e a teus filhos. Acabarás como o início.)

Um comentário:

Bruna disse...

Ebaaaaa!!! Amo ver seu blog atualizado :D :D