quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Divórcio

Foram quase quatro anos juntos. Dois de namoro, um de noivado e um último casados. Praticamente meia década de alegrias. O começo meio conturbado nunca impedira que o amor prosperasse. Entretanto, estavam ali agora tendo que passar por mais um dia de negociações. O que antes os unia agora os separava cada vez mais. Cada encontro era marcado por acusações e xingamentos. De diferente, apenas as roupas dos presentes. Ela querendo levar tudo, ele querendo que ela levasse o mínimo possível. Levaram o caso ao tribunal, que o juiz decidisse o que achasse melhor.

Muito do que ela pedia era de antes mesmo dele sequer pensar em encontrá-la. Um absurdo, ninguém em sã consciência deveria dar ouvidos ao que a louca falava. Que ficasse com todas as porcarias que haviam construído e criado juntos. Tudo sempre fora mais dela do que dele mesmo, apenas metia o dedo onde era autorizado, mesmo assim, ela sempre ia lá e fazia do jeito dela. Mas não, para ela isso ainda era pouco. Queria tudo. Para ela, o casamento acabara justamente pelas coisas que estavam lá desde antes dela chegar.

Tudo que ele havia conquistado depois fora por causa dela. Um ingrato, isso sim. Se não tivesse aparecido na vida dele, nada teria mudado. Portanto, eles podiam até ter entrado nessa juntos, mas o primeiro passo e a ideia eram dela. Além disso, por mais que fosse verdade que ele já tinha bastante coisa quando começaram, ele mesmo decidira dividir tudo com ela quando começaram a namorar. Ela não só tinha as senhas mais importantes como também um contrato assinado por ele e reconhecido em cartório. Para azar dele, o documento era autêntico. Não lembrara dele antes porque assinara da mesma forma que casara: sem pensar.

Twitter, Orkut, Facebook, Google+, Myspace e Msn. Todas as contas conjuntas e mais as que ele mantinha da época de solteiro seriam dela. Não imaginara que ela um dia pediria o divórcio e muito menos que levaria tudo. O mais doloroso foi ela não ter tido nem um pouco de piedade ou compaixão. Teria que recomeçar sua plantação no colheta feliz, pois, até os fakes, que ele usava para jogar escondido, ela decidiu levar.

5 comentários:

Bruna Tavares disse...

kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
adoreei o texto! Parabéns pela criatividade, bijoulino *-*

Duca disse...

kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Ai, eu ri muito!!
E não sei pq, mas me imaginei nessa cena, só que o contrário acontecendo!!!
OMG! Meus fakes!!!

Mto bom o desfecho!! kkkkk

=P

Belinha disse...

Sempre me surpreendendo Diego! Muito bom!!


P.S: Andei meio sumida por aqui, mas não deixei de acompanhar o blog.

Augusto Felizola Garcez disse...

é rapaz ...antes de assinar é melhor ler ! kkkk

Ísis Rocha disse...

Ó céuss!! Levar os fakes é sacanagem! hahaha

mto bom o texto, parabéns!!