quarta-feira, 29 de junho de 2011

Engenharia como nunca civil (2)

Existem matérias em todos os cursos que os alunos, às vezes os próprios professores, não entendem bem a função delas na formação ou a razão para serem do jeito que são. Por exemplo, para vários engenharias, cálculo 1, 2 e 3 poderia ser uma única matéria: cálculo de áreas e volumes. As várias físicas e os seus laboratórios poderiam ter exemplos práticos para um engenheiro civil, e assim por diante. Enfim, são coisas que não serão alteradas somente porque desejo que o curso seja mais fácil. Porém, existem quatro matérias que realmente não entendo o funcionamento: expressão gráfica 1, desenho geométrico, expressão gráfica 2 e desenho arquitetônico.

Para as duas primeiras, tive que comprar a mais variada gama de materiais de desenho. Sempre vestindo a camisa do meu curso pra atendente não achar que eu fazia arquitetura. Aprendi a representar pontos, retas e planos em uma e a como desenhar sem a ajuda dos instrumentos na outra. Isso mesmo, você leu certo. Comprei todas aquelas tranqueiras para logo depois aprender a como me virar sem elas. Sem falar que ninguém representa ponto por ponto em um desenho e muito menos precisa saber qual é o tipo de reta que tá colocando na planta. No dia em que pararem de fabricar transferidores, compasso e escalímetro, e os clientes começarem a exigir números mínimos de retas oblíquas nos projetos das suas casas, elas serão úteis.

Como nem tudo no curso não tem sentido, eis que surgiu expressão gráfica 2 para colocar um pouco de senso nas matérias de desenho. Existe um programa, o qual só descobri na faculdade, que faz todo o desenho para você, contanto que você saiba manuseá-lo. Você não precisa daquela tralha em cima da mesa, nem se preocupar em borrar a folha, nem com a precisão do projeto, apenas em ter o programa no computador e saber utilizá-lo. Para mim, foi uma das maiores invenções do século. Uma verdadeira evolução. Aí veio desenho arquitetônico e ferrou tudo isso.

A gente aprende a desenhar de forma mais eficaz e mais eficiente para logo em seguida voltarmos a pré-história. Arquitetônico é igual a expressão 2, mas com lápis, papel e borracha. O motivo pra isso é: "Como você vai desenhar se não tiver um computador?". Essa é a pior desculpa possível. Talvez em 1990 ela fizesse sentido, mas agora não. Desenhar na mão um projeto, consome muito tempo. Tempo esse suficiente para arranjar um notebook e instalar o programa. Mas não, o professor tinha que ser arquiteto e inventar moda. Agora fico eu desenhando no feriado uma coisa que já poderia ter acabado no começo do semestre. Só engenheiro sabe a dor de cabeça que um arquiteto causa.

3 comentários:

Belinha disse...

É verdade Diego, um pouco de praticidade realmente não faz mal a ninguém.Ah,e bom título vc escolheu. ;]


Belinha

Anônimo disse...

e olhe que seu curso é dos mais objetivos...


tente fazer pedagogia pra ver



augusto

Bruna Tavares disse...

tenho vontade de matar a maioria dos seus professores -.- HAHAHAHA queria entender o motivo de tanta raiva dos arquitetos, tadinhos =x