quarta-feira, 9 de julho de 2014

La sirena di Napoli

Andava sem rumo pela cidade até que encontrou o mar. A beleza de Roma ofuscava ainda mais os segredos a serem revelados em Nápoles. Todos as estradas levam a Roma, nenhuma delas deveria sair. Seu corpo chegou na costa, entretanto, seus pensamentos haviam sido aprisionados em uma velha moeda de euro. Seus desejos repousavam no fundo das claras águas da Fontana di Trevi.

Foi retirado do seu limbo particular por um riso angelical. Seus olhos percorreram o horizonte para encontrar uma deusa no meio dos homens. Nem mesmo a Capela Sistina poderia se comparar em beleza, nem provocar tamanha impressão. A arquitetura do Panteão invejaria sua perfeição.

A mais bela criatura a pisar na terra fez com que parasse. Ela sabia que ele a encarava, estupefato. Seu sorriso malicioso e os olhos de Capitu agora o puxavam para mais perto. Se sentia sugado pelo vácuo entre eles.

Se sentou na muralha que separava a terra e o oceano. Seus ondulados cabelos castanhos ondulavam em sintonia com o mar. Olhos fechados. Foi quando ele ensaiou dar o último passo em sua direção que ela mergulhou na salgada água deixando apenas bolhas para trás.

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