sexta-feira, 27 de maio de 2011

Ditadura militar

Quem nós somos já não importa, nem o quando e nem o onde. O que importa é que nos tiraram a identidade. Somos apenas mais uma das mazelas julgada pela sociedade. Em torno de nós um mito foi criado. Fomos julgados um bando de qualquer, desajustados, apenas mais um punhado de rebeldes sem causa.

Cada um de nós é um número, uma simples sequência pela qual nos reconhecem. Como se não bastasse as nossas identidades, tiraram também o nosso direito de lutar. Não podemos aceitar. Não, não. Pequeno exército revolucionário formado pelos exilados. Réus condenados sem julgamento. Não, não. Munidos do verbo, lutando para vencer o sistema. Ordem, progresso e prisão.

Filhos da Sociedade, criados por Ninguém. E retorna o filho pródigo, mas sua Mãe não o aceita de volta. Discórdia. Acha que cada um de nós é apenas mais um “Meu Guri” à espera do destino. Um destino único e comum a todos, mas com caminhos diferentes, impostos por ela. Queremos ter a opção de mudar de direção ao invés de continuarmos seguindo rumo a nossa morte certa e sofrida.

Se somos todos iguais, se somos todos irmãos, por que só os militares tomam conta da nação?

2 comentários:

Bruna Tavares disse...

Gosto pra caramba de qualquer coisa que fale sobre a ditadura militar =) Gostei muito do seu post. Ficou super bem escrito e contextualizado, bijou!

bj

Diego Felizola disse...

E você acha que eu fiz um texto sobre a ditadura pra quem, besta? ;P
Te amo, bijou (L)